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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Crivella é hostilizado por funcionários de Clínica da Família na Zona Norte do Rio

O prefeito Marcelo Crivella foi surpreendido por funcionários de uma Clínica da Família, nesta quinta-feira, durante visita a obras do programa Favela Bairro em comunidades do Jardim América, na Zona Norte. Inconformados com a crise que atinge as unidades, o prefeito foi hostilizado pelo grupo que cobrou maior atenção do poder público ao setor e chegou a chamar o prefeito de mentiroso. Logo que chegou ao local, um grupo gritou em protesto e vaiou CrIvella.

— Eu espero que o senhor olhe por esta população. Eu sou médica da Medicina de Família e tem muita gente aí que não tem R$ 3 para comprar uma dipirona e a gente não tem para oferecer — disse, emocionada, a profissional que chegou a rejeitar os cumprimentos do prefeito.

Crivella foi categórico na resposta.

— Faltou dipirona na Clínica da Família mas não faltou nos hospitais. A crise não é da saúde, a crise é das OSs — enfatizou. — Souza Aguiar, não tem crise. Miguel Couto, não tem crise. Salgado Filho, não tem crise. Não há crise nos nossos grandes hospitais. Mas Rocha Faria, Pedro II e Albert Schweitzer são OSs — completou.

Dentro do Centro Municipal de Saúde Nagib Jorge Farah, que atende os bairros Jardim América e Vigário Geral, funcionários receberam o prefeito com um grito de guerra: "Crivella, não tire a saúde de dentro da favela".

R$ 100 MILHÕES EM REMÉDIOS E INSUMOS

O prefeito disse ainda que comprou, nesta quinta, R$ 100 milhões em medicamentos e insumos que serão distribuídos em toda rede municipal, inclusive as unidades administradas por Organizações Sociais.

— O que nós estamos fazendo é um esforço tremendo porque o município, vocês sabem, pela roubalheira que houve no passado, muita gente presa, nós encontramos o município numa situação difícil. Mas vai tudo se resolver — garantiu.

Em nota, o prefeito Marcelo Crivella reafirmou que não haverá fechamento de unidades de saúde. "A Prefeitura está empenhada em resolver a situação da rede municipal e garantir o pagamento dos salários e do 13º dos profissionais que atuam nas unidades geridas pelas organizações sociais".

Durante a tarde, Marcelo Crivella também esteve no Complexo do Alemão. Moradores da região fizeram uma manifestação em defesa da Clínida da Família.

Concebidas dentro de uma estratégia de investir na prevenção das doenças, as 117 unidades que atendem mais de dois milhões de pessoas enfrentam o risco de um colapso por falta de medicamentos, material para exames, entre outros insumos. Algumas também já reduziram o horário de funcionamento para cortar custos.

Devido a atrasos nos salários, médicos e outros profissionais de saúde, que são contratados por organizações sociais, iniciaram uma greve há cerca de um mês. Em média, apenas 50% dos funcionários estão trabalhando - percentual informado pelos grevistas.

O ONG Viva Rio, citada pelo prefeito no vídeo, disse, em nota, que "o repasse para a Área Programática 3.3 a que o prefeito se refere cobria apenas o valor da folha salarial, sem considerar os custos com vale transporte e alimentação, FGTS, INSS e outros direitos do trabalhador. Priorizar os encargos sociais não é uma escolha do Viva Rio mas sim uma exigência legal, de forma que o repasse incompleto da Prefeitura permitiu o pagamento de apenas uma parte do salário dos nossos profissionais. Estamos em contato com a Prefeitura e esperamos que a situação seja normalizada o mais rápido possível".

NO HOSPITAL DE PIEDADE FALTAM INSUMOS BÁSICOS E MEDICAMENTOS

A Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores esteve, nesta quarta-feira, no Hospital da Piedade, gerido por administração direta. De acordo com o vereador Paulo Pinheiro (Psol), integrante da comissão, a farmácia da unidade funciona com apenas 30% de sua capacidade. Além disso, 54 dos 140 leitos foram fechados. Metade dos leitos do CTI também foi fechado.

— Penso que o prefeito está mal informado. Se ele diz que não tem crise, eu digo o contrário. A crise é do programa municipal de saúde. Faltam insumos e medicamentos em todos os hospitais da geridos pela adminstração direta. A diferença é que a OSs não estão pagando o salário, já a prefeitura não deixou de pagar os estatutários, mas não deu reajuste nem pagou o 14° salário, como acontecia anteriormente — ressalta o parlamentar.

Fonte: O Globo


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