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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Brasil 2x1 Venezuela: sem Neymar, Brasil ganha no jogo coletivo

Quem iria substituir Neymar? A resposta de Dunga veio num 4-2-3-1 com Robinho, Coutinho e Willian na linha de meias. Na prática, muita movimentação e inversão de posições para abrir espaços na organizada, porém deficiente Venezuela, armada no 4-2-3-1 por Noel Sanvincente.A chave do bom primeiro tempo foi a movimentação: não apenas com a bola, mas sem ela. Coutinho e Willian voltavam ora por um lado, ora pelo centro. Elias, aproveitando seu melhor, infiltrava nos espaços criados e o time ganhou o apoio de Daniel Alves, quase ponta. Assim concluiu muito - 16 vezes - e errou bastante também.

"Daniel Alves participou em 49 dos 91 ataques do Brasil no jogo: importante peça na saída de bola e amplitude de campo"Essa intensidade e versatilidade é a principal ideia de jogo de Dunga. Outra ideia é a compactação, formando duas linhas de 4. Pelo menos nos poucos momentos que o Brasil se defendeu na primeira etapa, elas estavam lá, formadas com Robinho ou Coutinho abertos pelo lado.É um pouco do tão falado jogo coletivo. Se o Brasil perdeu Neymar, ganhou alguns bons minutos de organização coletiva, não apenas a bola no craque que resolve tudo. A melhor versão de um time é, curiosamente, sem seu principal jogador.

Claro que os problemas não estão resolvidos. A saída de bola - a transição entre o campo de defesa e ataque - ainda sofre. A bola passava para os zagueiros, ia para o lateral...e não encontrava um meiocampista capaz de conduzí-la com qualidade aos homens de frente. Só o recuo de Willian salvava.E esse continua sendo o problema - o controle de jogo. Ele não acontece pelo meio, não acontece pelos zagueiros. Talvez aconteça com um atacante driblador e rápido na frente, como foi Robinho - "resgatado" e criticado, o camisa 20 jogou primeiro tempo excelente, com papel tático fundamental.Noel Sanvincente voltou com mudanças e estruturou um rígido 4-4-2, avançando linhas e procurando propor o jogo. Dunga apostou em Willian fixo pela esquerda e na intensa movimentação que finalmente se traduziu em gol de Firmino. Minutos elétricos no reinício da partida.David Luiz entrou para ser o volante de contenção num 4-1-4-1. A ideia era clara: criar superioridade no meio-campo, liberar as infiltrações de Elias e criar espaço com Tardelli na frente. O Brasil chamou a Venezuela para apostar no contragolpe.

"A Venezuela equilibrou a posse nos últimos 30 minutos e concluiu 4 vezes ao gol"Estratégia legítima, mas que encontra resistência na terra onde se acha que, por uma questão de ideia, o Brasil precisa ser ofensivo e "jogar bonito". Há um abismo entre a ideia, a prática e principalmente a exigência. Exigir o que não é possível é uma utopia.

Não foram 4 zagueiros - O espanto com a entrada de Marquinhos foi evidente: "4 zagueiros, que retranca!". Não. Trata-se de informação errada. Dunga manteve o 4-1-4-1, com Marquinhos como lateral e Daniel extremo direito. A Venezuela controlou o jogo, chegou ao gol e quase empatou. Pode-se afirmar que as substituições - para defender o resultado E testar deram errado. Mas jamais pode-se afirmar que o Brasil jogou com 4 zagueiros.A questão é delicada, dura décadas. Mas para analisar futebol é preciso deixar as preferências e gostos de lado, ainda que soe difícil. Com velhos problemas e algumas coisas novas, o Brasil deixou o gosto de dar a bola para seu camisa 10 resolver e foi mais coletivo, mais organizado. E isso é muito bom e deve ser valorizado em meio a tantas adversidades.

Fonte: globoesporte

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