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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Morte de menina investigada em terreiro em Campos


Jhonattan Reis e Marcus Pinheiro
Fotos: Rodrigo Silveira
O caso da menina Natasha, de 7 anos, morta, segundo a Polícia Civil (PC), por asfixia e sufocação na madrugada do último dia 7, ganha nova linha de investigação. Durante entrevista coletiva realizada na sede da 6ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), na manhã desta quinta-feira, o delegado titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Geraldo Rangel, informou que existe a possibilidade de a morte ter ocorrido em um ritual de umbanda em um terreiro no Parque Aurora, em Campos. Rangel apontou que familiares da menina teriam entrado em contradição durante depoimentos e o envolvimento de outros suspeitos. Após a reviravolta, a PC realizou na tarde desta quinta uma reconstituição no terreiro onde teria ocorrido o suposto ritual religioso.
De acordo com o delegado, as provas produzidas pelas investigações da PC teriam indicado que a menina teria sido rezada pela mãe de santo Maria das Graças Cabral, 59 anos. A criança teria supostamente incorporado um espírito e sido asfixiada no momento em que sua mãe, Graciane Reis Teixeira, 32 anos, teria tentado puxar o espírito para ela, para retirá-lo da menina. “E aí, aconteceu a esganadura no decorrer dessa sessão”, relatou o delegado.
Ainda segundo o delegado, a mãe da menina e a mãe de santo já teriam sido ouvidas e acareadas, e uma teria acusado a outra. “Mas, se as duas participaram diretamente da reza, as duas são responsáveis pelo homicídio. A mãe, por ser garantidora da criança e por ter a obrigação legal de evitar esse tipo de resultado, e a mãe de santo por ter todo o controle em relação à sessão e tudo o que acontece no interior de sua casa”, completou.
Geraldo Rangel descartou ainda a participação do padrasto Marcos Antônio Teixeira, 49 anos, na morte da menina. Marcos chegou a ser detido, com mandado de prisão temporária, no último dia 12. De acordo com o delegado, a prisão foi revogada, e outros suspeitos agora são investigados. “A mãe da vítima disse que contou que o padrasto teria cometido o crime porque teria sido forçada por outras pessoas para não envolver o rito religioso. Reforço que a prisão temporária do padrasto não foi nenhum erro da polícia, uma vez que isso se fez necessário para que ele nos desse informações importantes para seguir com as investigações. Já pedimos a revogação da prisão temporária do padrasto, pois ele não tem nada a ver com a história. Precisou que a prisão temporária fosse decretada para que ele também dissesse da possibilidade de a vítima ter sido assassinada em outro local”, afirmou.
Polícia reconstitui possível cena do crime
Ainda na coletiva de imprensa, Geraldo Rangel afirmou que não haveria dúvidas de que o crime teria ocorrido no terreiro de umbanda. “Não temos dúvidas de que aconteceu lá dentro. A própria mãe da menina e a mãe de santo confirmam isso. Há um laudo pericial dizendo que ela morreu por asfixia por esganadura. Então agora, com a reconstituição desta tarde (ontem), nós vamos tentar descobrir maiores detalhes de como isso aconteceu”, disse.
O trabalho de reconstituição durou cerca de uma hora. Ao concluir, o delegado não comentou detalhadamente o ocorrido no interior da residência, onde funcionaria o terreiro de umbanda, ainda assim, afirmou que o resultado teria sido positivo. “Foi esclarecedor. Acho que vamos tirar algumas dúvidas. Estamos trabalhando com duas hipóteses, duas pessoas foram indiciadas, vamos falar em momento oportuno. Agora não é momento para falarmos sobre isto”, declarou o delegado.
O caso segue sendo investigado pela 134ª Delegacia da Polícia Civil.
Folha da Manhã

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