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terça-feira, 23 de junho de 2015

Delegado salva bebê via WhatsApp

Bebê foi transferido graças a mensagens transformadas em liminar



Graças a utilização de WhatsApp em horário de serviço e dedicação de servidores públicos de Rio das Ostras e do Rio de Janeiro, a pequena Maria Clara da Rosa Marinho foi salva ao ser internada durante um mês na UTI Neonatal em Duque de Caxias. Restabelecida da bronquiolite e pneumonia, a pequena - acompanhada da mãe, Samara Vital - foi até a sede da Delegacia de Polícia Civil para agradecer. Emocionado, o delegado Diogo Teixeira Schettini resumiu o que funcionários públicos e a população geralmente esquecem: “Ser servidor é um dom porque, nós recebemos para fazer o bem”.

A história que teve final feliz começou no dia  7 de abril, quando Maria Clara nasceu prematura e apresentou problemas de saúde. Com apenas um mês e 21 dias de nascida, a pequena foi internada na Emergência Pediátrica do Hospital de Rio das Ostras com quadro de Bronquilite e Pneumonia, segundo laudo médico.

Com o passar dos dias, a situação de saúde de Maria Clara foi piorando e com isso teria que ser internada em uma UTI Neonatal com Isolamento Respiratório, que não existe em Rio das Ostras e região. A recomendação foi a imediata transferência para uma unidade especializada e a única existente era em Duque de Caxias, no Hospital Daniel Lipp. Desesperados, a mãe do bebê, Samara da Rosa Vidal e o irmão dela, David, se deslocaram a pé até o Fórum de Rio das Ostras, no sábado à noite. Lá, eles descobriram que não havia plantão judiciário. Em seguida e ainda a pé, eles foram à delegacia, percorrendo mais de cinco quilômetros. Ao chegaram no local foram atendidos pelo inspetor de Polícia Rodolpho Filipo a quem contaram o caso de Maria Clara. "Pedimos ajuda para a internação da minha filha”, detalha Samara. Rodolpho repassou todo o caso para o delegado Diogo Teixeira Schettini, que foi ao hospital e manteve conversa com o médico.

Pelo WhatsApp

Por ser madrugada e final de semana, o delegado - logo após a conversa com o pediatra -  ligou para a Defensoria de Justiça no Rio de Janeiro. Depois de alguns minutos, o delegado Diogo rapidamente informou ao defensor que enviaria os documentos da criança via WhatsApp para que montasse o processo e o defensor seria o seu fiel representante. “Eu sou delegado e portanto, homem de Fé Pública, fato que permite atestar a autenticidade de qualquer documento. Pedi um laudo do médico dizendo da gravidade e também mais uns quinze documentos dos pais, de Maria Clara e todo o seu prontuário para o defensor. Ele chegou a comentar que dificilmente o juiz iria acatar esse pedido porque era enviado pelo WhatsApp”, detalha o delegado. Em menos de uma hora, o juiz deu liminar favorável à transferência da criança para Duque de Caxias.

Onze dias depois, Maria Clara recebeu alta e foi retirada do hospital pela mãe Samara. Em agradecimento pelo esforço dos policiais, Samara e David levaram a pequena Maria Clara para que os policiais a conhecessem. Não satisfeita, Samara ainda postou um agradecimento aos dois “anjos policiais” e, em menos de um dia, a postagem já alcançou mais de 14 mil curtidas e 1.773 compartilhamentos.

Diogo se sente emocionado por ter recebido essa homenagem, mas assegura que esse tipo de trabalho que fez é muito comum aos policiais. “A noite quando todos estão dormindo, quem permanece aberta e atendendo qualquer coisa é a Polícia. Não fizemos mais do que nossa obrigação em ajudar. Mas quem mereceu elogios foi a Defensoria Pública e o juiz de plantão porque - em menos de uma hora após o envio dos WhatsApp - eles retornaram com uma decisão tomada”. 
 
 
Tânia Garabini
Terceira Via

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