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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Neivaldo Paes Soares, o “Bambu”, está desaparecido desde domingo na foz do Paraíba

Está de desaparecido, desde o início a noite do último domingo (21/06), o comerciante campista Neivaldo Paes Soares, de 54 anos. Conhecido como “Bambu”, desde que passou a morar e tocar seu bar junto à foz do rio Paraíba do Sul, primeiro no Pontal de Atafona, em São João da Barra e depois na Ilha do Peçanha, que pertence a São Francisco de Itabapoana, ele foi visto pela última vez no domingo, dentro de sua canoa a motor, nas imediações do tradicional Restaurante do Ricardinho, ao lado da Igreja Nossa Senhora da Penha.
Segundo informações de quem estava no local, ele não estaria usando colete salva vidas e teria chegado a cair do barco quatro vezes, tendo depois dificuldades também para ligar o motor de popa, antes de iniciar a travessia da foz do rio até a Ilha do Peçanha. Na manhã do dia seguinte, aua canoa foi encontrada com o motor ligado, rodando em círculos por pescadores do rio Paraíba, que conduziram a embarcação e a amarram na Ilha da Convivência. Dentro da canoa, aparentemente abandonada, havia uma churrasqueira, carne de churrasco já assada, rede e iscas de pescas, uma garrafa e algumas latas de cerveja vazias, cigarros de palha fumados pela metade e um saco plástico com mantimentos: farinha de mandioca, café e açúcar.
Na manhã de hoje, o fiscal de meio ambiente de São João da Barra, Luiz Henrique Araújo, o “Lulu”, foi até o local, encontrou a canoa de Neivaldo nas mesmas condições e conversou com os pescadores que a encontraram. Depois, Lulu seguiu até à ilha seguinte do Peçanha, foi a casa de Neivaldo, que estava com a porta da frente só encostada, aparentemente nas mesmas condições em que seu dono a deixara quatro dias antes.
Irmão de Neivaldo, o também comerciante Élvio Paes Gomes, o “Estranho”, esteve hoje oficializando o desaparecimento junto à 145ª Delegacia de Polícia (DP) de São João da Barra, para dar início as buscas, que começaram, lideradas por Lulu e pelo pescador e mergulhador Juliano Alcântara, antes mesmo das autoridades.
 Atualização às 16h30: Os boatos de que um corpo humano teria sido encontrado na foz do Paraíba não são verdadeiros. Um corpo foi, sim, achado boiando no local agora há pouco, mas era de um cavalo.
 Atualização às 18h05: Com a chegada da noite, as buscas foram interrompidas para ser retomadas amanhã pela manhã, quando contarão com mergulhadores do 5º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) de Campos.
 Atualização às 19h02: Foi no bar (e residência) de Neivaldo, instalado na antiga casa de barco da família Aquino, proprietária do Grupo Thoquino, que no verão de 2010 foi encenada pela primeira vez a peça “Pontal”, num grande sucesso de público e talvez último momento de brilho de um lugar que o mar não tardaria em reaver aos seus domínios. Com concepção e direção de Antônio Roberto de Gois Cavalcanti, o Kapi, falecido em abril deste ano, o espetáculo reuniu poemas de Aluysio Abreu Barbosa, Artur Gomes, Adriana Medeiros e do próprio Kapi, trazendo no elenco Yve Carvalho, Sidney Navarro e Mairus Stanislavski, depois substituído por Artur. Dois anos depois, em julho de 2012, com o novo avanço do mar e a destruição da antiga construção no Pontal, Neivaldo se mudou à outra margem da foz do Paraíba, para um casa que já havia comprado na ilha do Peçanha. Lá ele passou a receber os amigos e conhecidos, na informalidade que comungava novamente casa e bar.
 Atualização às 0h59: Texto de post de Neivaldo publicado aqui, na democracia irrefreável das redes sociais, em 25 de março de 2013:
“Para que todos tenham uma bela noção do que é a ilha à qual eu moro, eu preparei um discurso o qual vocês transformarão em imagem e venham me visitar.
As ilhas do terceiro maior delta do Brasil ao nosso alcance.
Transporte-se para as ilhas, viaje por inúmeros canais.
Junior barqueiro, oficial do delta, com ótima segurança, leva você a qualquer ilha e as praias de São Francisco de Itabapoana.
Com bela parada na ilha do Peçanha, no restaurante da ilha. Lagoas salgadas e doce. Do nascer ao pôr-do-sol, o mangue seco, água potável, sem nenhum produto químico, brota da terra ao alcance das mãos, NATUREZA VIVA.
Descubra este paraíso, ouça os pássaros, a sinfonia dos ventos, a força do mar e a calmaria do nosso rio paraíba do sul, DESCUBRA A PAZ.

Serão todos otimamente recebidos, mas ligue antes, viver com a natureza, não é sempre muito fácil, até o paraíso é preciso de um trabalho.
Com carinho e amizade para todos”.
Fonte: Blog do Aluysio Abreu Barbosa e José Renato


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