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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dólar ultrapassa os R$ 4. Aperte o cinto, a inflação vem aí.

Os otimistas estão com as barbas de molho e os pessimistas estão a ver navios. Nunca antes na história desse país, o dólar havia pulado a barreira dos R$ 4.

Esta significativa, histórica e acachapante desvalorização do real terá outras consequências: vai fazer o Brasil despencar no ranking das maiores economias do mundo, elevará a dívida externa das empresas e deverá pressionar os índices de inflação.

Como nenhum evento é bom ou ruim para todo mundo, somente quem ainda consegue exportar seus produtos deve guardar certa satisfação com este grave momento político e econômico. A vantagem da desvalorização do real será a melhora no setor externo, com uma redução do déficit em transações correntes.

Segundo o ranking elaborado pela Austin Rating, a escalada do dólar - associada ao baixo crescimento econômico - fará o Brasil perder a 8ª posição entre as maiores economias.

Pelo ranking, o país deve começar 2016 na 9ª posição, atrás do Canadá, que também vive uma recessão econômica. O cenário é bem diferente daquele vivido pelo Brasil no início da década, quando desbancou o Reino Unido e se tornou a 6ª maior economia do mundo. Na época, consultorias acreditavam que até 2025 o Brasil chegaria à 4ª posição. Mas o país seguiu caminho inverso. Andou na marcha a ré.

O país demonstra para o mercado externo que não consegue sustentar sua economia. Os investidores fogem desse perfil como o diabo da cruz.

Mas esse não é o único efeito negativo da alta do dólar. Nos últimos anos, com o bom desempenho da economia e abundância de recursos no exterior, as companhias nacionais fizeram grandes captações no mercado internacional. De 2008 para cá, a dívida externa do país cresceu 65%, sendo a maior parte da iniciativa privada.

Levantamento da empresa de informações financeiras Economática com 109 companhias de capital aberto mostra que a dívida em moeda estrangeira das empresas aumentou em R$ 53,9 bilhões entre o fim de junho e ontem. O endividamento saltou de R$ 190 bilhões para R$ 243,9 bilhões – sem contar a Petrobras. Na petroleira, a dívida sobe de R$ 344,6 bilhões para R$ 442,3 bilhões.

Outro efeito da alta da moeda americana será sentido na inflação. Apertem os cintos, senhores passageiros. A máquina da Dona Dilma surfa no tubo da marolinha.




(Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Jornal Terceira Via

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